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Trabalho de campo

Looking for filistatids in a cave wall.

Uma parte essencial do trabalho de cientistas da biodiversidade é feita no campo. Para encontrar novas espécies e mapear a área de distribuição dos organismos, devemos visitar seus habitats naturais e colher amostras. Essas amostras são eventualmente classificadas e depositadas em coleções de história natural em museus ou universidades, onde são armazenadas com segurança por décadas e podem ser estudadas por cientistas. Este trabalho é agora mais importante e urgente do que nunca, já que ambientes intocados estão sendo rapidamente degradados por atividades humanas, como o desmatamento; portanto, devemos documentar nossa biodiversidade antes que ela desapareça.

 

Eu participei de expedições de campo para amostrar aracnídeos em habitats incluindo florestas tropicais, florestas secas, desertos e florestas temperadas. Amostras dessas campanhas foram depositadas em importantes coleções da América do Sul, como as da Universidade Federal de Minas Gerais (BR), do Instituto Butantan (BR) e do Museu Argentino de Ciencias Naturales (AR).

Mendoza–Neuquén 2023

Depois de dez anos, voltei ao campo em busca de aranhas da areia (Sicarius). Nesta expedição, juntamente com pesquisadores do IADIZA de Mendoza, visitamos habitats secos como o Monte e a Estepe Patagônica.

Sierra de la Ventana 2022

Antes das III Jornadas Argentinas de Aracnología, passamos alguns dias coletando nesta pequena serra no sul da província de Buenos Aires. Algumas das aranhas aqui não são encontradas em nenhum outro lugar do país.

Noroeste argentino 2022

O noroeste da Argentina é uma das regiões mais áridas do país, e também uma das mais desconhecidas com respeito à sua fauna. Nessa expedição, fomos em busca de vários grupos de aracnídeos adaptados à vida em desertos.

P.N. Calilegua 2021

O Parque Nacional Calilegua se encontra numa região relativamente seca, mas o encontro das massas de ar com as montanhas transforma a vegetação num luxuriante bosque tropical. Voltar ao campo depois de dois anos de pandemia foi maravilhoso — principalmente num lugar com tantas aranhas!

Israel 2020

Apesar de seu tamanho relativamente pequeno, Israel é uma encruzilhada biogeográfica e sua fauna contém elementos de afinidades africanas, da Ásia Central e do Mediterrâneo. Em particular, quatro gêneros diferentes de Filistatidae ocorrem no país. Além disso, a maior parte do país é coberta pelo meu habitat favorito: desertos! Muito obrigado à Dra. Efrat Gavish-Regev e seus estudantes por me hospedar durante esta viagem.

Nova Zelândia 2019

A Nova Zelândia é uma ilha com uma história geológica dramática, incluindo uma submersão quase total há vários milhões de anos. Sua fauna é única e saímos a explorá-la após o 21º Congresso Internacional de Aracnologia de Christchurch. Exploramos principalmente as florestas temperadas da Ilha do Sul, que possuem algumas afinidades biogeográficas com as florestas de Nothofagus no Chile e na Argentina.

Isla de los Estados 2014

Esta ilha é a porção final da Cordilheira dos Andes, no extremo sul da Argentina. A vegetação é dominada por árvores Nothofagus , muitas das quais são fortemente curvadas pelos ventos constantes. Visitamos a ilha para documentar a fauna dessas florestas temperadas isoladas. A fauna de aranhas é dominada por aranhas fantasmas (Anyphaenidae) e tecelões de teias de folhas (Linyphiidae), mas também contém elementos como Mecysmaucheniidae e Macrobuninae.

Patagônia 2014

A porção norte da Patagônia na Argentina inclui áreas com monte xérico e zonas de transição com pampas. Visitamos esta área para coletar material para revisões taxonômicas de aranhas de areia e aranhas das gretas.

Chile 2013

As primeiras aranhas de areia descritas vêm do Chile. Assim, tivemos que visitar este país para preparar uma revisão taxonômica do gênero Sicarius. Infelizmente, algumas das localidades listadas nas descrições originais, publicadas em 1849, provaram estar erradas. Tivemos que fazer um trabalho de detetive e visitar várias localidades em todo o país para mapear a verdadeira distribuição das aranhas da areia.

Caatinga 2012

A Caatinga no Nordeste do Brasil é a maior floresta tropical seca do mundo, e uma das mais diversas. Mesmo assim, é muito pouco estudada quando comparada a outros biomas brasileiros, como a Amazônia e a Mata Atlântica. Realizamos uma série de expedições a essa região para amostragem de aracnídeos, com foco em aranhas Sicarius para estudos taxonômicos e filogeográficos.

Mata Atlântica 2011-2016

A Mata Atlântica é um hotspot de biodiversidade: inúmeras espécies vivem aqui e em nenhum outro lugar, mas a região também é altamente ameaçada por atividades humanas. Participei de várias expedições a diferentes porções da Mata Atlântica para documentar sua biodiversidade e trazer as amostras para coleções de história natural para outros cientistas estudarem.

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